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Durou só um minuto, mas com direito ao close-up no rosto de Malafaia e a imagem dele vestindo branco, submergindo e levantando uma pessoa das águas.

Neste domingo, 19 de dezembro, uma equipe de jornalismo da Rede Globo se deslocou ao Piscinão de Ramos - praia artificial, pública, de água salgada, localizada na zona norte do Rio de Janeiro -, e cobriu o batismo efetuado pela Assembleia de Deus, ministério Vitória em Cristo, cujo líder é o Pr. Silas Malafaia. As lentes das câmeras mostraram aos telespectadores que naquele lugar havia uma grande multidão.

A matéria não teve entrevista, o repórter apenas fez uma breve descrição de como os evangélicos vivem a cerimônia, passando números de quantos cristãos eram batizados e de quantos pastores efetuavam os batismos. Explicou também que os protestantes realizam o batismo apenas por meio do mergulho de adultos em águas e negam batizar bebês.
Depois que a reportagem foi ao ar em canal aberto, recebeu reprise no canal Globo News, onde o Fantástico é repetido por volta de 1 hora. Após o término da reprise do Fantástico, por volta das 3 da madrugada, a matéria voltou a ser veiculada no programa seguinte.
Meu amigo Ryan é transexual. Antigamente, ele odiava Deus, mas agora tem sido um pouco mais receptivo à ideia de confiar em Jesus. Nesse artigo, quero compartilhar alguns pensamentos que tive sobre como discipulei Ryan. Assim, se você um dia discipular um transexual, você terá algumas idéias para começar.


O problema mais óbvio você provavelmente já imaginou, Ryan ainda não é um cristão. Como eu poderia estar “discipulando” então? Bem, evangelismo e discipulado são fundamentalmente a mesma coisa: levar pessoas a verem Jesus com seu tesouro supremamente satisfatório. Então não se preocupe, pensando que esse artigo não se aplica a você. Ele se aplica. Mesmo que você esteja discipulando cristãos ao invés de transexuais não crentes.

A razão pela qual conheci Ryan é porque não faço muitas perguntas. Se eu fosse um pouco mais cuidadoso de início, eu poderia ter evitado toda essa situação e me mantido na minha bolha evangélica conservadora. Em nosso ministério de universitários havia uma garota chamada Amy. Ela era a pessoa mais apaixonada por Jesus, extrovertida e alegre que eu já conheci. E você não podia dizer não para ela, porque ela sempre respondia com coisas como “Jesus me falou para conversar com essa pessoa!”. Coisas como essas te fazem pensar se Jesus não devia ter ido com ela no carro naquele dia. Amy me procurou um dia, antes de nossa reunião de oração às quartas, e me perguntou se eu poderia me encontrar com um amigo da escola dela, um homossexual que ainda não era crente em Jesus, mas vinha fazendo algumas perguntas sobre fé. Ela estava tão entusiasmada, tão alegre em Jesus, tão convincente com seu tom de “você é um pastor e esse é o seu trabalho” que eu não puder dizer não.

Após eu concordar, ela me contou o resto da história: Ryan era um dos excluídos na faculdade, porque ele se vestia como mulher, uma vez por semana. Ele havia marcado uma cirurgia de mudança de sexo para a primavera que vem. Ele era “casado” com uma jovem lésbica, por pura formalidade, para que pudessem manter seu estilo de vida homossexual discretamente. Seus pais haviam expulsado Ryan de casa, e ele não pisava em uma igreja desde a infância. Eu fiz o que pude para honrar a confiança de Amy e afirmei que adoraria me encontrar com Ryan. Então fui pra casa e me desesperei um pouco.

Na manhã seguinte, me ajoelhei e comecei a orar em meio a minha incapacidade. Nunca havia tido muito sucesso em alcançar homossexuais. Minha forte personalidade eventualmente é dura e intimidante – até para alguns cristãos. Assim, para aqueles que foram machucados pela igreja, eu deveria parecer com Genghis Khan. Minhas orações naquela manhã foram brutalmente honestas e não muito criativas. Eram algo como “Querido Jesus” seguido de algumas exclamações e alguns grunhidos.

Naquela noite, me encontrei com Amy e Ryan em um café. E naqueles primeiros minutos, Deus realizou uma obra profunda em minha vida. Eu acho que eu estava esperando encontrar com o Dennis Rodman usando um vestido de casamento ou algo do tipo. O que eu encontrei foi um ser humano chamado Ryan, criado à imagem de Deus, com as mesmas feridas, cicatrizes e questionamentos que eu e você e todo mundo tem. Não me entenda mal: havia muito desconforto, nos dois lados da mesa. Era muito pior que um daqueles primeiros encontros. Ryan estava incomodado. Era claro pra mim que ele estava me testando, pra saber se podia confiar em mim. E eu também estava incomodado, com medo que ele poderia descobrir a qualquer momento que eu era Genghis Khan, se levantasse e começasse a gritar obscenidades para mim e fazer uma grande cena. Parte do meu medo era egoísta, mas uma parte desse medo era sincera, a respeito do reino de Deus. Eu estava sentado à mesa com alguém que havia sido profundamente machucado por cristãos. Ele havia finalmente encontrado uma garota-de-Jesus alegre, em quem ele podia confiar. E agora ele arriscava uma interação com um pastor de verdade. Eu senti que muito estava em risco naquele encontro.

Meu objetivo ao contar a história de Ryan é convencer você que o discipulado deve estar centrado no evangelho. Para ver uma transformação real na vida de alguém, você deve levá-lo a se deleitar em Jesus mais do que no dinheiro, no amor, na ambição ou no egoísmo. A única forma de fazer isso é relembrar constantemente de sua pecaminosidade e de suas falhas – as “más notícias” do evangelho – para que ele desista de seus próprios esforços. Apenas assim você pode encorajá-lo a regozijar-se na poderosa graça de Deus através da cruz – as “boas notícias” do evangelho – para que ele sinta e acredite profundamente no amor radical de Deus por ele. Jack Miller, um missionário e professor de seminário, costumava resumir o evangelho nessas duas frases: “Alegre-se: você é pior do que imagina. Mas alegre-se: a graça de Deus é muito maior do que você jamais sonhou”. O mesmo evangelho que salva pecadores, santifica os crentes. O evangelho não te torna simplesmente justo perante Deus; ele te liberta para se alegar em Deus.

O problema é que nem sempre acreditamos que o evangelho seja relevante para os cristãos. Sempre pensamos no evangelho no contexto do evangelismo. Pensamos no evangelho como o ABC do cristianismo, o ponto de partida, aquilo que os não-crentes precisam ouvir, a porta pela qual você entra no cristianismo. Uma vez que você está dentro, você deve ir além do evangelho, deve ir para as horas silenciosas, livros religiosos, CDs de adoração.


Ryan tinha certeza de que, na nossa concepção, estávamos “dentro” e ele estava “fora”. Ele sabia que, aos olhos do cristão comum, ele era um cara realmente mau, um transexual acima de qualquer coisa! Então Ryan constantemente orientava a conversa para seu estilo de vida, a única coisa que parecia mantê-lo “fora” aos olhos da maioria dos cristãos. Ele foi à igreja gay da cidade, mas lhe disseram que seu estilo de vida não importava. Aparentemente, ele estava tentando que dissesse algo semelhante: “Tudo bem ser transexual, você pode seguir a Jesus assim mesmo.” Mas, mais profundamente, eu sentia uma questão muito mais poderosa em jogo: “Eu sou quebrado, mais pecaminoso, mais desesperançado do que você?”.

Então, eu mudei o rumo da conversa. Mudei o foco do estilo de vida dele para nosso pecado comum e para a rebelião de toda a humanidade contra Deus. Eu lhe disse que o real problema não era sua confusão sexual, mas o seu pecado. Ele queria ouvir que ele era pior do que o seu vizinho. Eu lhe disse que ele não era. Então, eu peguei minha bíblia e o levei a ler em voz alta alguns dos mais famosos versos sobre pecado. Focalizei no fato de que todos pecaram, todos se voltaram contra Deus, que todos precisam ser reconciliados com o criador. Nossos pecados externos podem ser diferentes uns dos outros, mas nossos corações são sempre maus igualmente. Então, fui um passo à frente: Falei do meu próprio pecado.

“Ryan, quer saber sobre mim? Sou um louco por controle. Eu sempre quero ter tudo sob meu controle. Gosto de me colocar no lugar de Deus e tentar controlar os resultados. Sou grosso e áspero com minha esposa e filhos. Sou julgador quando as pessoas não vivem de acordo com minhas regras e padrões. Eu não consigo amar as pessoas como Jesus as ama. Eu amo as pessoas nos meus próprios termos, do jeito que eu acho que elas merecem ser amadas, baseado nos meus critérios. Eu trato mal e fico com ressentimentos quando as pessoas não enxergam as coisas da mesma forma que eu. Eu me curvo e acabo me vendendo ao ídolo Controle. Ryan, eu sou um pecador, e Jesus é minha única esperançca.”

De repente, Ryan começou a ficar mais tranquilo. A conversa mudou completamente. Ele caiu de joelhos e, em lágrimas, confiou em Jesus ali mesmo, no meio da cafeteria. (Na verdade, ele não fez isso não. Mas esse era o final que você estava esperando, não é? Pare imediatamente!) A conversa realmente mudou completamente, porque Ryan entendeu que seu estilo de vida era uma questão secundária. Ali eu estava, um pastor heterosexual, casado, dizendo a ele que meu coração era tão sujo, pecaminoso e quebrado como o dele. A única diferença era que eu confiava em Jesus para me reconciliar com Deus e transformar meu coração, e ele não confiava.

Somos muito bons em dizer aos não-cristãos que eles precisam de Jesus. Nenhum cristão realmente sábio viraria para o Ryan e diria, “Mude o seu estilo de vida primeiro, depois nós poderemos trabalhar com seu coração.” Nós sabemos que uma mudança interior mais profunda deve vir primeiro; faça com que a árvore seja boa, então seu fruto será bom (veja Mt 12:33). Então, porque não pensamos da mesma forma no discipulado?

O evangelho não é o ABC do cristianismo; ele é o A a Z do cristianismo. Quando nos esquecemos do evangelho, traímos nossos discípulos. Damos a impressão de que ser seguidor de Jesus significa ser menos quebrantado, menos pecador, menos desesperançado. Então, criamos um sistema de castas cristão: existem os realmente pecadores (não-crentes), os ainda pecadores (novos convertidos), e as pessoas que fingem que não são pecadoras (cristãos maduros).

Isso não só é obviamente não-bíblico, mas é também contrário ao senso comum. Jesus disse que aqueles que são muito perdoados irão amar muito (Lucas 7:47). Os cristãos maduros de verdade não são aqueles que pensam que são menos pecadores, mas aqueles que percebem a profundidade do seu pecado e estão se apegando mais firmemente em Jesus como sua única esperança.

Para testar essa verdade, simplesmente pergunte-se como a minha conversa com Ryan seria diferente se eu simplesmente tivesse dito, “É, você está realmente perdido, mas as boas notícias são que, se você confiar em Jesus, você poderá ser tão bom quanto eu sou.” Você pode ser esperto o suficiente (ou políticamente correto o suficiente) para não dizer isso a um transexual. Mas se o seu discipulado não for fundamentado no evangelho, é exatamente isso que você está dizendo aos seus liderados.


O discipulado centrado no evangelho se concentra na mudança interna, esse é o motivo pelo qual você provavelmente vai hesitar em usá-lo. Nós, naturalmente, entendemos o crescimento espiritual de fora para dentro. Acho que fazemos isso porque as coisas externas são mais fáceis de medir, quantificar e controlar. Por isso, damos a impressão de que discipulado e crescimento espiritual significam FAZER mais. Discípulos precisam estar sempre compartilhando o evangelho, ou liderando um grupo pequeno, ou servindo no ministério, ou orando pela cidade, ou fazendo melhor uso do seu tempo, ou qualquer outra coisa que mostre seu crescimento. Estas coisas são boas, mas somente SE elas vierem de um coração regenerado. O problema não é se os seus discípulos conseguem fazer essas coisas. O problema é se eles realmente querem fazê-las. Você pode ajustar o seu comportamento externo o dia inteiro, mas para mudar os desejos do coração, você precisa do Evangelho! O poder do evangelho transforma de dentro para fora. Ele aborda crenças e desejos, e não apenas ações. Uma crença verdadeiramente profunda e bíblica no Evangelho sempre resultará em mudança de caráter. Se a mudança não está acontecendo, você pode ter certeza de que há um problema no coração.


Essa verdade não é teologia complexa, é simplesmente um princípio do próprio Senhor Jesus. Árvores boas produzem bons frutos. Quando as pessoas lhe perguntaram como elas poderiam fazer as obras de Deus, ele respondeu: “Esta é a obra de Deus, que você acredite naquele que ele enviou” (João 6:29).

Mas provavelmente os seus discípulos são bons em falsificação de bons frutos. Por isso eles estão convencidos de que as soluções externas são o que eles precisam. Eles pensam que acreditam no evangelho. Na verdade, eles provavelmente vão discutir com você se você disser que eles não creem. Mas discipule um transexual, ou dois, e você vai entender que tudo sempre recai sobre a crença no evangelho.

Eu sei que Ryan precisa mudar seu estilo de vida. O transexualismo não glorifica a Deus. E todo cristão que ele conhece já tentou abordar essa mudança de estilo de vida no discipulado. Eles o pressionaram para se arrepender e mudar seu comportamento externo. Mas por que deveria? Ele não quer mudar. Até que ele não queira mais ser um transexual, essa pressão não serve pra nada! Da mesma forma, até que os seus discípulos queiram ler a Bíblia, ou orar, ou evangelizar os amigos, nada mais importa.

Então, como fazer com que alguém queira mudar a esse nível de profundidade? Eu realmente não sei, mas sou bom tentar. Então é isso que eu fiz com o Ryan. Esse primeiro encontro construiu alguma confiança entre nós. Ele confiava que eu não iria odiá-lo ou julgá-lo, e eu confiei que ele não iria bater em mim ou me dizer que era “sexy” ou algo assim. Comecei a pensar e orar sobre o que fazer a seguir.

Na semana seguinte, outro aluno me entregou um CD de uma palestra que ela tinha ouvido falar sobre a homossexualidade. O orador era um ex-ativista homossexual que tinha sido radicalmente transformada por Cristo. Então, eu o ouvi e eu pensei: Talvez seja isso! Mike, o cara no CD, foi muito direto. Ele falou sobre o quanto ele odiava os cristãos durante os seus dias de ativista gay, e como ele teve uma forte comunidade de amigos leais que realmente o atraíram a Jesus. Eu sabia que Ryan odiava cristãos, então eu pensei que ele se identificaria bem com o que Mike disse. Eu dei o CD para Amy, aquela garota super empolgada com Jesus, e lhe pedi para passá-lo para Ryan – não para tentar mudar seu comportamento, mas para ver se poderiam surgir alguns desejos mais profundos em seu coração.

Alguns dias depois, Amy ligou. “O Ryan quer encontrar com você o mais cedo possível. Ele ouviu o CD três vezes e tem um monte de perguntas.”

Então, depois de colocar as crianças na cama aquela noite, eu fui direto para a Starbucks. Nós três nos sentamos numa daquelas mesinhas incrivelmente pequenas, bem no meio de tudo. Eu estava muito autoconsciente. Iríamos usar bastante as palavras “Jesus” e “transexualidade”, o que significava que todos os outros clientes tentariam ouvir nossa conversa.


Ryan começou a conversa deixando claro que, no total, ele discordou com tudo o que ele ouviu no CD. “As estatísticas de Mike (o cara do CD) estavam erradas, ele não tinha feito uma pesquisa satisfatória sobre assuntos gays, talvez ele nem tenha sido gay de verdade”, e assim por diante. Se eu estivesse tentando apenas consertar o comportamento de Ryan, eu teria sido mais pronto a defender Mike ou entrado num debate com ele sobre o homossexualismo. Mas estes não eram meus interesses. Neste ponto, eu não estava tentando convencer Ryan que seu estilo de vida era errado, eu estava tentando tocar em questões mais profundas em seu coração.

“Beleza, então você discordou com um monte de coisas no CD. E você me chamou aqui pra discutir sobre isso? Ou você me chamou aqui pra falar sobre as coisas nas quais você realmente pensou?” Com essas poucas palavras, eu mudei o foco da conversa por completo.

No discipulado, nós normalmente conversamos sobre as coisas erradas. Gastamos muito tempo conversando sobre “pecados de estimação” e coisas superficiais, quando na realidade a batalha deve ser travada no coração. Você pode conversar sobre o comportamento e sobre circunstâncias externas o dia inteiro, mas a menos que você tire os ídolos do coração, estará apenas colocando um Band-Aid no problema. Podemos dizer, como Jesus disse, que “a boca fala do que o coração está cheio” (Lucas 6.45). Ou podemos dizer como Tim Keller disse: “A raiz de todo pecado é a quebra do primeiro mandamento”. A verdadeira pergunta não é o que você está fazendo, mas qual deus você está adorando. Por isso que o que os seus discípulos querem é mais importante do que o que eles sabem.

Enquanto conversávamos, comecei a discernir que o ídolo dominante do coração de Ryan era o orgulho. Ele queria poder, aceitação, ser amado, controle. Ele encontrou isso na identidade sexual. Antes da transexualidade, ele disse que se sentia fraco, sem importância, escondido. Agora, ele tinha uma identidade. Ele era socialmente poderoso. Quando se vestia como uma mulher, ele colocava os outros na defensiva. Ele podia julgar aqueles de discordassem com seu estilo de vida como sendo pessoas preconceituosas, intolerantes, sem amor. Ele estava no controle. Agora que eu estava vendo o que ele amava e adorava, eu podia mover a conversa numa direção que tratasse a doença e não o sintoma.

Então, como se resolve o problema da idolatria? Bem, a resposta correta, claro, é se afastar dos ídolos e se achegar a Cristo. Esse é o objetivo final: arrependimento e fé. Mas aqui tem um problema: Nós adoramos os ídolos porque os amamos. Nós imploramos a eles. Eles são mais importantes do que a vida. Então, somente dizer “Arrependa-se e creia!” pode soar vazio. Esmagar nossos ídolos requer esforço em trazer à superfície nossas vontades mais profundas da alma.

Ryan começou a falar com Amy e comigo sobre coisas no CD com que ele concordou Mike havia dito que na época em que era gay, ele sempre quis ser normal, ter uma esposa e filhos. Ryan se identificou com esse desejo. Mas pensava que isso nunca seria possível, porque ele era gay e transexual. Mas no fundo, o desejo, a vontade estava lá.

“De onde você acha que essa vontade vem?” Perguntei.

“Eu não sei.”

“Posso oferecer uma resposta?”

“Claro.”

“Entenda que eu vou falar sobre isso a partir de uma perspective bíblica, porque essa é a minha visão de mundo.”

“Sim, eu sei. Continue”, ele disse.

“Eu penso que o fato de você desejar se casar e ter filhos mostra que Deus implantou certos instintos em sua alma. Se você tivesse nascido gay, e se não existisse Deus, não faria sentido você desejar ter uma esposa e filhos. A existência desse desejo testifica que você foi feito à imagem de Deus, como a bíblia diz, e que a sexualidade é algo profundamente ligado à identidade que Deus te deu como ser humano. Isso que dizer que é possível que você mude.”

“Não, não é. Eu não quero mudar. Eu sou transexual. Eu tenho sido assim desde que eu me lembro.”

“Então, porque você quer uma esposa, filhos e uma vida normal?” Perguntei.

“Sinceramente, não sei.”

“Eu acho que tem muito mais coisa aí do que você quer pensar.”

Ryan ficou pensando por uns momentos. “O que você acha que me custaria essa mudança?” ele perguntou.

“Eu penso que você tem um ídolo chamado orgulho, a quem você está adorando hoje. Você é o seu próprio deus. Vai custar uma ação da graça do verdadeiro Deus para mudar você. Você então chegará ao ponto em que entenderá que Jesus é confiável e você vai querer que ele governe seu coração ao invés de você mesmo. Entendo que isso levará um certo tempo.”

Ryan respondeu, “Bob, deixe eu te dizer por que eu não confio em Jesus.”