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Você Tem Aliança com Deus?O que é uma Aliança?

Aliança de Deus com Abrão

Gênesis 17.1-8, 15-22 - ENTENDENDO E VIVENDO

A aliança de Deus com Abrão é a segunda encontrada no Antigo Testamento; a primeira é a aliança de Deus com Noé, já estudada por nós, na semana passada. Um semelhança entre as duas convenções é que ambas lidam com a proliferação dos seres humanos na Terra.
No caso da primeira, Noé e seus filhos deveriam ser frutíferos e multiplicar-se na Terra (Gênesis 9.1, 7).
Na segunda, Abrão e seus descendentes - um subconjunto dos descendentes de Noé – aumentariam em número.
Vemos, aqui, uma descrição mais desenvolvida da visão de Deus; um estreitamento das pessoas que buscava para trabalhar. Uma diferença entre as duas alianças, contudo, é que a realizada com Noé não requereu resposta alguma da parte do homem. Já a feita com Abrão exigiu um ato de obediência: a circuncisão de todos os machos de sua família.
A primeira vez que lemos sobre Abrão é ao fim de Gênesis 11; ali, vemos que ele era filho de Tera. Fora casado com Sarai, mas ela não podia gerar-lhe filhos. A história, então, avança em Gênesis 12.

Primeiramente notamos que Deus queria abençoar Abrão com muitos descendentes (Gênesis 12.1-9).

 Esse desejo é confirmado em Gênesis 13.14-17, e nosso primeiro olhar à aliança de Deus com Abrão está em Gênesis 15.1-21.

A passagem das Escrituras de hoje, Gênesis 17, relata como Deus confirmou essa aliança com Abrão. Assim, o enfoque principal da lição analisada é a aliança entre Abrão e Deus.
Esta aliança foi feita entre Deus e Abrão e seus descendentes, por todas as gerações.

Seus conteúdos incluíram várias promessas feitas por Deus a Abrão e, também, a seus descendentes. Naturalmente, a primeira questão a ser considerada era a dos descendentes do patriarca, pois, na ocasião em que a aliança fora firmada, a esposa de Abrão, Sarai, ainda era estéril. Em Gênesis 17.1-7, Deus prometeu a Abrão muitos descendentes, tantos que se tornaria o pai de numerosas nações. Esse deve ter sido um choque para Abrão, por muitas razões (v. 17).

Um seguimento para essa promessa é visto no verso 5: a mudança de nome de Abrão para Abraão; o primeiro significa pai exaltado e o posterior, pai de muitos. O Senhor também mudou o nome de Sarai para Sara (v. 15).

Outra das promessas de Deus era a terra. O verso 8 mostra-nos que Deus prometeu a terra de Canaã a Abrão. (Veja Gênesis 15.17-21 para uma descrição mais detalhada dessa concessão) Então, se Deus iria prover muitos descendentes para Abrão, também concederia um lugar para eles viverem.
Uma promessa final, criteriosa, era que Deus seria o Deus de Abrão e de seus descendentes (vv. 7-8). Indubitavelmente, isso requereria resposta apropriada por parte de Abrão e de sua descendência, e também significaria uma abundância de bênçãos para eles e para as muitas gerações vindouras.
Além de confirmar a aliança, a passagem de hoje das Escrituras serve também para discutir sua manutenção. O sinal da aliança de Deus com Noé, como vimos na semana passada, era o arco. Ela não requereu manutenção alguma, ou resposta, por parte do homem. Essa segunda aliança do Antigo Testamento, entre Deus e Abrão, porém, também tinha um sinal: a circuncisão (Gênesis 17.9-14). Era exigido do homem um papel em sua manutenção. Note que o verso 9 está em contraste direto com o 4. Neste, Deus disse a Abrão: "De minha parte..." (NVI). Era uma declaração do que Deus faria a Abrão e a seus descendentes. Naquele outro verso, o Senhor disse ao patriarca: "De sua parte..." (NVI). Era a declaração de Deus de que estava requerendo algo de Abrão e de seus descendentes. Ele pedia que todos os machos da comunidade fossem circuncidados. Era assim que Abrão e seus descendentes deveriam manter a aliança.
Olhemos o modo como Abrão respondeu à promessa de Deus, como relatado na passagem bíblica de hoje. Identificamos uma semelhança entre a resposta de Abrão a Deus e nossa resposta a Deus? A primeira resposta de Abrão foi de dúvida.

Gênesis 17.17 diz que Abrão riu da idéia de um homem de cem anos ter um filho. Ele também caçoou da hipótese de uma mulher de 90 anos dar à luz. Olhando essas previsões sob uma perspectiva puramente humana, é fácil ver a incapacidade de Abrão dar crédito à palavra de Deus. Quantas vezes você ouviu que uma mulher de 90 concebeu e deu à luz? Olhemos para nossas próprias situações pessoais: Deus prometeu algo a você que parece tão impossível quanto alguém senil ter um filho? Qual foi a promessa dele e por que parece impossível sob a ótica puramente humana?
A outra resposta de Abrão a Deus, depois de receber uma resposta para sua dúvida, foi uma espécie de pechincha com o Senhor. O verso 18 mostra que Abrão buscou enxertar Ismael na promessa da aliança de Deus. Era algo lógico, não é? Deus prometeu abençoar os descendentes de Abrão, mas ele ainda não tinha um outro descendente, e este não parecia estar a caminho. (Lembre que a promessa de Deus era para ambos, tanto para Abrão quanto para Sara. Ele prometeu-lhes um filho. A promessa divina não era para Abrão e para outra mulher.) Assim, por que não trabalhar com o que ele já possuía, mesmo se esse não fosse o meio pelo qual Deus estava direcionando os eventos?
Com essa cena em mente, tente lembrar uma ocasião, em sua vida, na qual tenha feito a mesma coisa: pechinchou com Deus. Qual foi a promessa de Deus para você, ou o mandamento dele para você, e o qual foi o substituto que você achou? Esperava que o Senhor o abençoasse por esse substituto? Qual foi o resultado dessa situação, no fim das contas? Você recebeu a bênção divina? Nesse caso, como foi recebida – rendeu-se à visão de Deus ou você ofereceu para ele sua visão?

Depois que Abrão respondeu a Deus com dúvida e pechincha, o Senhor reconfirmou sua aliança com o patriarca, nos versos 19-22. Note que ele respondeu positivamente ao desejo de Abrão para com Ismael, mas não deixou a substituição de Abrão mudar seus planos. Deus, todavia, escolheu estabelecer a aliança dele por meio de Isaque, o filho que nasceria de Abrão e Sarai.
Finalmente, vemos que Abrão respondeu obedientemente às promessas de Deus (vv. 23-27). Embora pudesse não estar convicto da capacidade de Sara gerar um filho, tomou a decisão imediata de obedecer ao mandamento. E, naquele mesmo dia, foram circuncidados Abrão, Ismael e todos os outros homens de sua casa.
Você alguma vez decidiu, mesmo não estando convicto da provisão de Deus, sair em fé e viver como se Deus provesse tudo para você? O que aconteceu quando tomou tal decisão? Como Deus respondeu a seu ato de obediência? Você está experimentando uma situação semelhante, hoje em dia, ou uma situação sem saída, humanamente falando, de que sua necessidade seja satisfeita? Você pode confiar que Deus proverá o que precisa nessa situação?

Em Cristo

Pastor Tiago Rodrigues

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